06/12/2012 -
Nos dias 26 a 30 de novembro, o Sindicato dos Treinadores de
Futebol Profissional do Estado de São Paulo, presidido pelo
professor Hélio Maffia, realizou o 40º Curso para treinadores de
Futebol. Exceto a aula de abertura e as de encerramento, os
trabalhos foram realizados no auditório e no gramado do estádio
da CEPEUSP.
A abertura se deu no prédio da Federação Paulista de Futebol e o
encerramento no Novotel, do Center Norte. Participaram do Curso,
80 alunos. Grupo formado por ex-jogadores de futebol,
treinadores de escolas de futebol, de futebol feminino, de
equipes de base e professores de Educação Física.
A aula inaugural, no auditório da Federação Paulista de
Futebol, foi realizada pelo treinador do Santos FC, Muricy
Ramalho, que exaltou a importância de todos os interessados em
ser treinadores de futebol, em realizarem cursos, assistirem
palestras, trocarem informações com colegas e acompanharem jogos
nos estádios e assistirem o maior número de partidas exibidas
pelas televisões.
Ponderou sobre a necessidade de serem organizados, de fazerem um
planejamento sobre o trabalho a ser desenvolvido. Explicou que
todos devem ter plenas convicções daquilo que estão fazendo e
colocarem em prática tudo o que idealizaram. E mais. Disse que é
preciso ter convicção ao fazer o que idealizou. E que isso não é
teimosia, mas sim foco no que acredita ser certo.
Reclamou que não está mais havendo intercâmbio de equipes.
Lembrou que há algumas poucas décadas os clubes excursionavam,
enfrentavam outras escolas, havia com isso troca de idéias.
Hoje em dia nós temos que ficar restritos a este curso, que é
muito bom, promovido pelo Sindicado dos Treinadores de Futebol
do Estado de São Paulo e aquele realizado pelo professor Carlos
Alberto Parreira, no Rio de Janeiro.
Comentou que a rotina é o ponto mais estressante do
dia-a-dia."Vocês tem que variar os exercícios sempre, inovar,
não deixar que o trabalho fique enfadonho", alertou.
E na vida diária o comando tem que ser do treinador. E para isso
precisa atuar com muita personalidade, tem de estar preparado, é
necessário que esteja sempre interessado.
"O maior comandante que eu vi foi o Telê Santana. Comandou muita
gente de peso, não dava espaço para desvios e levou o São Paulo
a várias conquistas, terminando como campeão do mundo. Ele
pegava os atletas, apertava, exigia e o grupo atendia", lembrou
Muricy que foi auxiliar técnico do Telê.
Quando o treinador chega, logo no primeiro dia, os jogadores
precisam saber quem é o comandante. O técnico tem que ter
autoridade e não ser autoritário com os jogadores, imprensa e
dirigentes. E lembrou que há algum tempo estava sentado como
todos aqueles postulantes a um cargo de técnico, buscando
aprender, receber conhecimentos e um dia vencer na carreira.
DE TERÇA A SEXTA-FEIRA
Nos dias subseqüentes à segunda-feira, José Tadeu Gonçalves
falou sobre o tema "PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE BASE", da iniciação
até os atletas de alta performance. O professor Dr. Daniel
Portella avançou no tema "MATURAÇÃO DO JOGADOR NA BASE".
O professor da USP, Marcelo Massa discorreu sobre "DETECÇÃO DE
TALENTOS". Leonardo Galbes fez uma palestra e depois um treino
prático em "EM CAMPO DE TAMANHO REDUZIDO".
A arbitragem também foi assunto apresentado e discutido no
Curso. O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação
Paulista de Futebol, coronel Marcos Marinho e o instrutor de
arbitragem Roberto Perassi, falaram sobre as 17 regras, a
respeito das inovações que estão acontecendo e lembraram que os
treinadores podem, se conhecerem bem as leis do jogo, tirar
proveito em benefício das suas equipes.
Futebol de Salão foi outro assunto debatido. O professor Luís
Fernando Paes de Barros passou os seus conhecimentos destacando
a "INFLUÊNCIA NA FASE DO FUTEBOL". Lembrou que uma parcela
muito grande de profissionais teve origem no futsal.
Já o pesquisador Prof. Antonio Carlos Gomes monopolizou a
atenção dos alunos ao falar sobre "O MODELO DE ELITE DE
JOGADORES DE FUTEBOL". Justificou dizendo que vários fatores
influenciam na performance esportiva. E enumerou alguns
como: fatores genéticos, fisiológicos, motivacional, de saúde,
nutrição, estresse social.
USO DA TÉCNICA NO BRASIL COM A EUROPA
O FUTEBOL FEMININO teve espaço com a exposição de dados e
informações realizadas por Edmundo Trevisam. Enquanto Sandro
Sargentin, falou da TRANSIÇÃO DA BASE PARA O PROFISSIONAL. Já o
professor Juninho Brilhante deu uma aula prática, fez um TREINO
TÉCNICO ESPECÍFICO.
ORGANIZAÇÃO, PLANEJAMENTO E EVOLUÇÃO DOS TRABALHOS devem fazer
parte do comando da comissão técnica. Palestra sobre esse tema
foi realizada pelo treinador José Nogueira Júnior.
E os trabalhos de encerramento do curso coube ao professor José
de Souza Teixeira que fez uma comparação do "USO DA TÉCNICA NO
BRASIL COM A EUROPA".
O Curso foi concluído com a entrega, aos alunos, de certificado
de participação no 40º Curso de Atualização para treinadores de
Futebol, uma realização do Sindicato dos Treinadores de Futebol
Profissional do Estado de São Paulo, sob a presidência de Hélio
Maffia.
Por José Isaías - Assessor de Imprensa |