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Vadão assume seleção brasileira feminina de futebol

Técnico é oficializado como novo técnico da seleção e trata como privilégio novo desafio na carreira

14/04/2014 - O que já esperado desde o meio da semana foi concretizado na noite do ultimo domingo (13): O técnico Vadão (foto) deixou a Ponte Preta para assumir a seleção brasileira feminina de futebol.

Para conseguir a liberação da Ponte Preta sua atual equipe, Vadão arcou com a multa rescisória, aproximadamente o triplo do seu salário. As partes tinham contrato até o fim do Paulistão do próximo ano.

A negociação entre CBF e Vadão começou na terça-feira, quando o então comandante alvinegro recebeu o convite e levou o caso para Della Volpe. A proposta financeira e também a realização pessoal de comandar a seleção brasileira minaram qualquer tentativa da Ponte de tentar mudar o cenário.

Os últimos detalhes do contrato de Vadão com a CBF foram definidos em reunião na tarde de sábado. Ele se despediu da Macaca em jogo-treino contra o Mogi Mirim. Depois de aceitar a oferta, procurou novamente a Ponte para acertar a rescisão. 

Vadão, mostrou gratidão à Ponte Preta no discurso de despedida e agradeceu a confiança da CBF. Segundo ele, não era a intenção deixar a Macaca neste momento, com a Série B batendo à porta, mas estar à frente da seleção é a realização de um sonho. 

- Foi um convite que me pegou de surpresa, não me passava pela cabeça sair da Ponte agora. Nós vínhamos subindo gradativamente, com o objetivo principal do acesso à Série A. Além de ter me surpreendido, é um sonho de todo o brasileiro chegar à seleção e eu tive este privilégio. É um dos maiores desafios da minha carreira. Sempre acompanhei o futebol feminino, mas nunca imaginei estar à frente da seleção. Apesar de ser uma novidade para mim, é com certeza uma das mais gratificantes - comentou o treinador. 

Em sua quarta passagem por Campinas, Vadão comandou a Ponte em 13 jogos, com sete vitórias e seis derrotas. Ele chegou no início da temporada, com o Paulistão já em andamento, para substituir Sidney Moraes.

Aos 57 anos, Vadão despontou para o cenário nacional ao comandar o Carrossel Caipira do Mogi Mirim, no começo da década de 90, com Rivaldo, Leto e Válber. Também teve passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Corinthians, São Paulo, onde lançou Kaka no profissional, Atlético-PR, entre outros. O currículo também conta com trabalhos vitoriosos em Vitória e Guarani. Será a primeira vez que comandará um time feminino na sua extensa carreira. 

Primeiro trabalho à frente de um time feminino

Na seleção feminina, Vadão, conhecido pelo bom relacionamento com os comandados, é visto com o perfil ideal para comandar o projeto rumo ao Mundial do próximo ano, no Canadá. O trabalho de Vadão voltado para o psicológico chamou a atenção da CBF. Ele assume no lugar de Márcio Oliveira.

A delegação retornou na última sexta-feira da Austrália, onde fez dois amistosos com a seleção local, com uma vitória (1 a 0) e uma derrota (2 a 1). Em novembro, a seleção terá pela frente a Copa América, que vale vaga para o Mundial de 2015.


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